A Organização Mundial de Saúde afirma que não existe definição “oficial” de saúde mental. Diferenças culturais, julgamentos subjetivos, e teorias relacionadas concorrentes afetam o modo como a “saúde mental” é definida. Saúde mental é um termo usado para descrever o nível de qualidade de vida cognitiva ou emocional. A saúde Mental pode incluir a capacidade de um indivíduo de apreciar a vida e procurar um equilíbrio entre as atividades e os esforços para atingir a resiliência psicológica. Admite-se, entretanto, que o conceito de Saúde Mental é mais amplo que a ausência de transtornos mentais”

O que é Saúde Mental?

Saúde Mental é o equilíbrio emocional entre o patrimônio interno e as exigências ou vivências externas. É a capacidade de administrar a própria vida e as suas emoções dentro de um amplo espectro de variações sem contudo perder o valor do real e do precioso. É ser capaz de ser sujeito de suas próprias ações sem perder a noção de tempo e espaço. É buscar viver a vida na sua plenitude máxima, respeitando o legal e o outro. (Dr. Lorusso);

Saúde Mental é estar de bem consigo e com os outros. Aceitar as exigências da vida. Saber lidar com as boas emoções e também com as desagradáveis: alegria/tristeza; coragem/medo; amor/ódio; serenidade/raiva; ciúmes; culpa; frustrações. Reconhecer seus limites e buscar ajuda quando necessário.

Os seguintes itens foram identificados como critérios de saúde mental:
1. Atitudes positivas em relação a si próprio
2. Crescimento, desenvolvimento e auto-realização
3. Integração e resposta emocional
4. Autonomia e autodeterminação
5. Percepção apurada da realidade
6. Domínio ambiental e competência social;

fonte

Doença Mental / Transtorno Mental / Desordem mental

Jovens e Saúde Mental em um Mundo em Mudança: tema do Dia Mundial da Saúde Mental 2018, comemorado em 10/10

A adolescência e os primeiros anos da vida adulta são uma época da vida em que ocorrem muitas mudanças, por exemplo, mudar de escola, sair de casa e começar a universidade ou um novo emprego. Para muitos, estes são tempos emocionantes. Eles também podem ser momentos de estresse e apreensão, no entanto. Em alguns casos, se não forem reconhecidos e gerenciados, esses sentimentos podem levar à doença mental. O uso crescente de tecnologias on-line, sem dúvida trazendo muitos benefícios, também pode trazer pressões adicionais, à medida que aumenta a conectividade a redes virtuais a qualquer hora do dia ou da noite. Muitos adolescentes também estão vivendo em áreas afetadas por emergências humanitárias, como conflitos, desastres naturais e epidemias. Os jovens que vivem em situações como estas são particularmente vulneráveis a problemas mentais e doenças.

Metade de todas as doenças mentais começa aos 14 anos, mas a maioria dos casos não é detectada nem tratada. Em termos da carga da doença entre adolescentes, a depressão é a terceira causa principal. O suicídio é a segunda principal causa de morte entre os jovens de 15 a 29 anos. O uso prejudicial de álcool e drogas ilícitas entre adolescentes é uma questão importante em muitos países e pode levar a comportamentos de risco, como sexo inseguro ou direção perigosa. Transtornos alimentares também são motivo de preocupação.

Ao longo da vida, uma em cada dez pessoas precisará de cuidados de saúde mental. Mas se depender do atual ritmo de investimento no setor, muitos desses indivíduos não terão acesso aos serviços e profissionais de que precisam. É o que revela o novo Atlas de Saúde Mental 2017  da Organização Mundial da Saúde (OMS). Publicação defende criação de clínicas baseadas nas comunidades para universalizar atendimento.

Crescente reconhecimento da importância de construir resiliência mental:

Felizmente, há um crescente reconhecimento da importância de ajudar os jovens a construir a resiliência mental, desde as primeiras idades, a fim de lidar com os desafios do mundo de hoje. Crescem as evidências de que promover e proteger a saúde do adolescente traz benefícios não apenas à saúde dos adolescentes, tanto a curto como a longo prazo, mas também às economias e à sociedade, com jovens adultos saudáveis capazes de fazer contribuições maiores à força de trabalho, famílias e comunidades e a sociedade como um todo.

A prevenção começa com uma melhor compreensão:

A prevenção começa com o conhecimento e compreensão dos primeiros sinais e sintomas de alerta da doença mental. Pais e professores podem ajudar a construir habilidades para a vida de crianças e adolescentes para ajudá-los a lidar com os desafios cotidianos em casa e na escola. O apoio psicossocial pode ser fornecido em escolas e outros ambientes comunitários e, é claro, o treinamento de profissionais de saúde para que eles possam detectar e gerenciar transtornos de saúde mental pode ser implementado, aprimorado ou ampliado.

O investimento por parte dos governos e o envolvimento dos setores social, da saúde e da educação em programas abrangentes, integrados e baseados em evidências para a saúde mental dos jovens é essencial. Esse investimento deve estar vinculado a programas de conscientização de adolescentes e jovens sobre formas de cuidar da saúde mental e ajudar colegas, pais e professores a apoiar seus amigos, filhos e alunos.

Fontes:

Federação Mundial de Saúde Mental

Nações Unidas no Brasil

Organização Mundial da Saúde